sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Ciclo de Palestras sobre Responsabilidade Social

A Universidade Federal do Rio de Janeiro terá duas palestras com o tema Responsabilidade Social Empresarial na próxima semana.
Na quarta- feira, dia 31/10,às 11hs a jornalista Amélia González, editora do suplemento Razão Social, do Jornal O Globo, fará um palestra sobre Mídia e Responsabilidade Social, no auditório da CPM da Escola de Comunicação da UFRJ.
No dia seguinte, quinta-feira, 1/11, às 11 hs, no mesmo auditório, será a vez do gerente de Responsabilidade Social da Souza Cruz, Glauco Humai, falar sobre o programa desenvolvido pela empresa.
O ciclo de palestras é parte das atividades da disciplina Comunicação e Responsabilidade Social Empresarial, ministrada pela professora Lucia Santa Cruz na Escola de Comunicação/UFRJ.

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Dizem que no universo existem fluxos de tristeza e quando não temos mais as defesas comuns a todo indivíduo (o que é desejável, em certo sentido), esse fluxo chega e nos trespassa de vez em quando. Algo inevitável - é o que dizem. É uma tristeza que não tem nada de pessoal. O que se pode fazer é deixar que esse feixe de tristeza passe, que ele siga seu caminho. Dizem que não devemos detê-lo, pois bem pode acontecer que ele se agarre em nós, mesmo que não nos pertença.
Mas pode acontecer da tristeza vir até nós por outros meios. É quando ficamos tristes por causa de alguém. Dizem que desse modo é mais doloroso, pois é algo pessoal, algo que se liga a nós através de atos de outras pessoas ou na falta destes, quando os esperamos. O que se ouve dizer é que existem certos limites, certo cansaço que nos envolve e pode sufocar. Dizem que devemos comunicar os motivos a quem de direito e tentar resolver por meio de cuidados adicionais ou atenção direcionada.
Ora, e quando esse artifício não funciona?
Eis, meus amigos, uma questão delicada… Não há muito que fazer, além disso. Resta-nos a opção da espera, da paciência, da auto-negação, do desapego. O grande perigo é que, dessa maneira, a responsabilidade fica sobre um só dos pólos do problema: ou você aceita as coisas como estão ou não aceita. A ponte que liga as duas margens fica frágil, com rachaduras; fendas que podem deixar escoar sentimentos e deixar vazar o tempo.
Quem pode se sustentar em cima de uma ponte assim por muito tempo, sem correr o risco que ela desabe e carregue tudo para o fundo do abismo?
É então que retornamos para a margem de onde viemos no início e tentamos vedar esses vazamentos. Mas não conseguimos realizar essa tarefa, sozinhos; é preciso a ajuda da outra margem. Você grita pedindo ajuda, mas pode acontecer da outra margem estar longe demais. Pode acontecer também de te ouvirem, mas pode ser também que não sejam tomadas decisões ou iniciativas para consertar a ponte.
Então você vai ficando rouco e perdendo a voz com o passar do tempo. Decide-se calar, pois só há o próprio eco que volta feio e repetitivo. E assim entra em cena a solidão. Mas essa é uma solidão triste, não aquela que nos faz bem e traz paz quando precisamos. É aquela não solicitada, é uma solidão imposta.
Eis, meus amigos, uma questão ainda mais delicada…

sexta-feira, 5 de outubro de 2007

Ser ou não ser: eis a questão.



Mesmo quem nunca leu Hamlet já ouviu a famosa frase: “Ser ou não ser: eis a questão”, de autoria do imortal William Shakespeare. O autor, que completaria 444 anos no dia 23/04, consegue sobreviver ao longo dos séculos pela encenação de suas obras: 37 peças e 154 sonetos ao todo. Muito se sabe dos seus personagens descontrolados, como Otelo, e de suas histórias dramáticas, como a separação de Romeu e Julieta, mas pouco se sabe da vida do autor que conseguiu imortalizar-se como o dramaturgo mais importante da língua inglesa.
Shakespeare nasceu em Stratford-upon-Avon (Inglaterra) em Abril de 1564, não se sabe exatamente em que dia, mas seu aniversário é comemorado no dia 23. Filho de John Shakespeare e Mary Arden, Shakespeare gozou ao lado de seus 4 irmãos (Gilbert, Joan, Richard e Edmund) uma infância sem problemas financeiros. Iniciou os estudos aos 6 anos e desde cedo começou a escrever peças de teatro. Aos 12 anos, seu pai, que fabricava tintas, bolsas e luvas de couro, faliu. A partir daí, Shakespeare começou a trabalhar para ajudar no sustento da casa, não deixando de ler autores clássicos, novelas, contos e crônicas. Do período após a escola até sua vida adulta, as informações são vagas e carentes de comprovação histórica. Sabe-se que Shakespeare não cursou nenhuma universidade, estudou latim e casou-se com Anne Hathaway, aos 18 anos. Com sua esposa teve três filhos: Susanna, Judith e Hamnet, que morreu aos 11 anos. Aos 28 anos, partiu com mulher e os dois filhos para Londres onde ia trabalhar como ator e dramaturgo. Com 30 anos, Shakespeare já tinha seu talento de atuação reconhecido no teatro e escrito duas peças: “A Megera Domada” e “A comédia dos Erros”. Aos 32 anos, começou a trabalhar para a famosa companhia de teatro "The Lord Chamberlain's Men" que fazia apresentações até mesmo para a rainha Elizabeth I e sua corte real. Com o passar do tempo, além de atuar e escrever peças, Shakespeare tornou-se um dos gerentes proprietários do teatro. Quando tinha 48 anos, abriu mão de seus trabalhos em Londres e retornou para Stratford, onde curtiu alguns anos de aposentadoria, não parando de escrever suas peças. Aos 52 anos faleceu.O que mais impressiona no trabalho de Shakespeare não é o legado de quase 200 obras deixadas para a eternidade, mas a densidade de seus textos. Antes de Shakespeare nenhum outro dramaturgo havia conseguido descrever com tanta espontaneidade a natureza humana. Suas obras são marcadas por paixões, ambições, ciúmes, frustrações, conotações homossexuais, assassinatos e violações. Um tanto ousado para a época que viveu, Shakespeare conseguiu dar às mazelas da personalidade humana um tom poético refinado que agradava da Rainha às camadas mais pobres.Você já leu algum livro de Shakespeare?Conhecia a vida deste grande dramaturgo?

---------------Isabela Horta